Ruínas


Entre os meus esboços e as minhas tentativas fúteis de ser aquilo que de fato não posso ser, está o enorme, fundo e intransponível abismo dos meus lamentos. Há dentro dele o breu que me consome diariamente e me arrasta para o eterno oco dos meus pesadelos. Vejo meus sonhos esmagados com as minhas expectativas e os meus planos, entretanto estou vivendo minha inutilidade e dentro dela nada sou e nada posso fazer. Apenas observo o meu caos interior como quem ver de longe uma cidade sendo destruída lentamente. Esperando, quem sabe as ruínas transformarem-se em verdes e infinitos campos, ou que minha alma encontre o que todos chamam de liberdade. 

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