Em fragmentos


– Está triste? – 
Perguntou o silêncio
– Tristeza não é a palavra certa para expressar o que sinto neste momento – 
Afirmei.
– O que se passa dentro de ti? –
– Emoções. Algo se quebrou, e depois de muito tempo volto a sentir-me vulnerável –
– Não temas! –
– Como posso não temer se o escuto que me protegia foi desfeito em milhares de pedaços? Estou perdida! E não sei como nem de que forma conseguirei me reerguer. –  
– O tempo encarregar-se-á de curar-te novamente! – 
Afirmou
– Não tenho certeza quanto a isso –
– Pois deveria. Tu caíste várias vezes e todas elas tu conseguiste levantar-se. A dor de agora pode até ser um pouco mais intensa, pois tu passaste muito tempo fingindo ter um autocontrole sobre teus próprios sentimentos. É chegado o momento de permitir-se. Há um mundo lá fora que não espera e acima de tudo não perdoa. Tu precisas ser forte e aguentar o que o destino reserva para ti –
– Tenho medo! –
– Todos têm! Mas é necessário correr o risco –
– Mas não me compreendo. Estou afundando nos meus próprios sentimentos. –
– Quando o momento certo chegar você compreenderá tudo o que está passando. Acredite, as coisas que a ti foram predestinadas seguirão o curso certo, sem desvios nem pausas. Enquanto isso tente aquietar esses turbulentos sentimentos que gritam dentro de ti. Respire fundo quando o mundo estiver por um fio, mantenha a calma, e siga os seus objetivos que tudo se resolverá. Não penses que é fraca, pois tu tens uma força maior do que pensas. Confie nas minhas palavras, sei o digo, sou o silêncio, e acompanho-te desde que sua alma respirou pela primeira vez, portando conheço-te melhor e mais profundamente do que qualquer outro ser na face da terra. – 

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