Silêncio...

 A voz que dentro de ti grita é dolosamente calada.
Tu pensas demasiado e tua caótica consciência não te deixas em paz.
Cala-te. Respira e cala-te.
Finge que teus fantasmas não sussurram em teus ouvidos, que tu não ouves, e por conseguinte não sente.
Vai. Cuida em pintar teus lábios.
Vermelho. O sangue que jorra das veias. Paixão. Dor. Vida.
O caótico dualismo do bem e do mal.
Contrasta, menina! Veste teus lábios de vermelho e deixa tua pele falar a brancura de tua alma.
Mordisca. Suspira. Entreabre. Sorri.
Exibe teu porte de mulher, teu ar de segurança. Os vermelho de teus lábios.
Exibe.

E cala-te. 

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