Confissões...


O firme ressoar do relógio confunde-se com a canção que embala as poucas linhas que aqui escrevo. É noite, mas confesso que isso pouco importa. Estou sozinha com tudo aquilo que penso e não escrevo, embora cada lembrança continue viva dentro de mim.
Penso em você. Aliás, penso muito em você. Sei que soará estranho admitir tal fato desta forma, mas pra ser sincera desta fez não quero usar metáforas ou delimitar minhas palavras, quero escrever com todas as rimas, sons, e admitir verdadeiramente que sim, eu penso em você.
Nas primeiras horas do dia quando o sol não passa de uma vã possibilidade e há estrelas fazendo morada no céu, teu sorriso surge entre meus sonhos e acordo com o pensamento em você. Faço então dos meus travesseiros os abraços que para ti foram guardados, e entre lembranças e saudades, permaneço desperta até que o dia, finalmente renasça.  
Nos poemas que leio, você está entre as linhas de amor e saudade. Nas canções que eternamente serão ouvidas, você está em cada uma das letras, na melodia, nas pausas. Está entre os amarelos dos meus papéis, nas flores que secas guardo entre poemas e contos, sim, você está em cada uma delas, portanto, é inevitável não pensar em você.
Penso em você enquanto caminho pelas ruas, pois há uma parte sua em tudo que vejo, toco e sinto. Penso em você enquanto refaço meus poemas. Seja nas histórias de amor ou entre lágrimas, penso em você nas noites de sábado e no silêncio que sua voz deixou. Penso, meu bem, ah como penso em você e queria que soubesse que os meus dias são continuações de lembranças, e que em cada passo que dou há em mim uma saudade que aperta meu peito e me diz que o tempo não irá mudar esta saudade e o fato de que hoje, amanhã e sempre, eu estarei aqui, pensando em você.


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