A importância de ser leve


Tomo coragem e escrevo. 
Na verdade pouco acredito que no final terminarei o que aqui começo. Não me faltam palavras, é verdade. Percebo que até muito tenho o que dizer - embora duvide que alguém me leia -, e torno-me um pouco mais alegre por perceber que, embora meus dias sejam sucessivos dias de proscatinação, as palavras permanecem por perto, a espreita dos meus passos firmes rumo a algo maior do que minhas divagações. 
Calmos e assustados. Assim estão os dias. Aqui também estou, parte insolúvel dessa calmaria e deste temor. Resiliente algumas vezes. Inquieta em outras. Com medo sempre. Do futuro, principalmente, mas também deste agora que hoje é, mas amanhã não se tem ideia.
E percebendo, através do pouco que me é perceptível, a importância de se permitir não ser desvendável, compreendida e quiçá, determinada.
 Enquanto a escrever, tudo bem não conseguir e se conseguir, não há erro algum em não concluir. 
O importante é se aperceber, se reconhecer, e claro, entender que mesmo em dias de pura proscatinação, há muita validade apenas por está. Por ser.
E eu, sou.

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